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Mulher paralisada move braço robótico com o pensamento

Foto do BrainGate

Usando a interface do sistema neural BrainGate, uma mulher paralisada por um AVC (acidente vascular cerebral) serve-se café pela primeira vez em 15 anos.

O BrainGate detecta sinais cerebrais que podem ser traduzidos para linguagem de maquina por um computador.

O BrainGate detecta sinais cerebrais que podem ser traduzidos para linguagem de maquina por um computador.

Implantando um sensor com 96 eletrodos menor que uma moeda na superfície do cérebro de dois participantes tetraplégicos, pesquisadores permitiram que eles usassem o pensamento para cumprir tarefas com dois tipos de braços robóticos.

O implante BrainGate pode causar algum tipo de ansiedade para alguns, mas o sorriso da mulher que não tinha sido capaz de servir-se de café em 15 anos foi um ponto positivo nos progressos que a tecnologia está proporcionando.

“Um dos participantes conseguiu fazer algo que, quando nós vimos pela primeira vez, nos fez parar por um instante. Usando o pensamento como se estivesse usando a própria mão, ela alcançou e pegou uma garrafinha de café, trouxe perto dela, inclinou e bebeu café por um canudinho. E foi a primeira vez em 15 anos que ela pegou algo e foi capaz de beber apenas por vontade própria.” – Dr Leigh Hochberg, neuroengenheiro e neurologista de casos críticos, que tem títulos no Department of Veterans Affairs, Brown University, Massachusetts General Hospital e Harvard e que é o autor do projeto.

John Donoghue, o neurocientista que foi pioneiro no implante do BrainGate uma década atras, acompanhou o avanço dos participantes conseguindo tarefas simples como mover um cursor no computador e movimentos reais em 3D com agilidade.

“Foi um momento de felicidade e alegria verdadeiros. Foi além  do fato que isso foi uma realização. Eu acho  que foi um avanço importante no campo de interfaces de computadores cerebrais. Realmente foi um momento onde ajudamos alguém a fazer algo que ela desejou por muitos anos” – John Donoghue

Como foi reportado nos estudos, a mulher paralisada de 58 anos conhecida como S3, passou por 158 testes ao longo de 4 dias e foi capaz de tocar o alvo dentro do tempo dado 48,8% das vezes usando o braço robótico DLR e 69,2% usando o braço robótico DEKA, que possui um alcance maior. O outro participante, um homem de 66 anos conhecido como T2 teve resultados quase idênticos.

Donoghue foi especialmente incentivado a ver que os resultados continuam, mesmo que um dos participantes tiveram a matriz BrainGate implantado há cinco anos. Ele disse: “Esse trabalho é um passo crítico em direção a realização de uma meta a longo prazo de criar uma neuro tecnologia que vai restaurar o movimento, controle e independência à pessoas com paralisia ou perda de membros.”